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A pergunta é simples mas a resposta, no entanto, não é tão básica assim. A um tempo atrás eu era capaz de me descrever facilmente, talvez, porque não me conhecesse direito. Ou talvez porque eu me descrevesse como eu gostaria de ser.
Hoje, alguns anos depois, não possuo mais essa capacidade. A melhor de descrição de minha pessoa neste momento esta de mãos dadas com o caos e sentada ao lado da desordem. Em uma fase da vida onde, eu não sei o que quero,saber quem sou, é exigir muito!
Há dias que eu me sinto bem, outros nem tanto. Há dias que eu quero sol, praia e água fresca, outros eu só quero cama e uma janela com neve para observar. Há dias em que eu quero pegar o primeiro avião e voltar para o Brasil outros, eu desejo ficar aqui para sempre. Há dias que eu escolho minha melhor roupa outros, eu vou de pijama, se preciso for.
Vivo uma inconstância sem limites. Uma vontade de não ter vontade. E uma não vontade de ter vontade. Sei que fica um pouco complicado quando explicado mas na verdade consegue ser mais confuso quando se é vivido.
Eu me sinto rodeada de pensamentos, valores, expectivas e me vejo não pertencendo a nenhuma delas. Sou mais do que um peixe fora d'agua. Pois, pelo menos o peixe, sabe que pertence a algum lugar, sabe de onde veio.
Não que eu não conheça minha raízes ou minhas crenças mas, eu simplesmente não consigo me encaixar com pessoas que vieram do mesmo lugar. Não sou como meus amigos da igreja, mas também não sou como meus amigos da faculdade. Gosto de música indie-folk mas, não sou hipster. Você me entende? Eu sou essa inconstância. Mas para falar a verdade, como já dizia Raul, eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.
Vou tentando me encontrar no meio de toda essa bagunça. Selecionando o que eu gosto e tirar uma pessoa de tudo isso. Vou tentando lidar com as frustrações, os nãos que a vida nos dá. E de cabeça erguida vou buscando os "sims", os sorrisos, os abraços ... Aquilo que vale a pena.
Uma vez um peixinho simpatico me ensinou algo que eu procuro repetir quando sinto que esta tudo perdido, "continue a nadar". Não deixe ninguém tirar essa força de você. E mesmo que devagar, sempre!