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Life is a series of moments


Gosto muito de filmes. Dramas, principalmente. Costumam ter histórias incríveis. Um dos meus preferidos, passa a seguinte mensagem.

"A vida é feita de uma série de momentos, cada um, uma jornada para o fim...Desapegue-se"

Não posso discordar. No entanto, tenho que admitir. Não funciona comigo. Sou muito nostálgica. Muitas vezes me vejo imersa em fatos de anos atrás. Revivendo again and again. Lembrando das sensações, das alegrias, das perdas.


Sempre ouvi meu pai dizendo para eu aproveitar todas as oportunidades. A vida passa rápido e num piscar de olhos, eu estaria falando isso para meus filhos. Me lembro de escutar esta frase várias vezes. Desde pequena, deitada no sofá. Não me importava muito. Não entendia o quão profundo esse conselho era. Hoje eu me vejo tão próxima desde dia.


É engraçado. Ao mesmo tempo que me dá uma felicidade imensa de ver meus sonhos e planos se realizando, eu tenho medo. Esse tal de 'tempo' que meu pai costuma falar, vai passando. Vai fazendo meus sonhos acontecerem mas também os leva. Sem volta.


Só restam os momentos. Talvez por esta razão, eu tenha tanta dificuldade em colocar em prática esse questão de desapegar. O tempo passa. Os momentos não. Eles estão ali, esperando para serem lembrados.


Sorrisos, viagens, amizades, tristezas, primeiras-vezes, amores. Muitos acabam se ocultando diante da quantidade de flashes que armazenamos. Mas não conseguimos esquecê-los.


O tempo é sabio em fazer-nos seguir em frente, mas o passado vai sempre guardar marcas. Marcas estas, que explicam o porquê de sermos o que somos hoje. E assim, partindo deste raciocínio, desapegar de momentos, seria desapegar de nós mesmos.


Seria negar parte de nossa existência. Admiro a capacidade de muitos em executar esta tarefa eximiamente. Eu ainda não fui capaz de tal façanha. E para falar a verdade, não pretendo.


Por mais difícil que seja, relembrar é viver. Gostos impossíveis de saborear novamente. Sorrisos que não sorriem mais. Olhares que nos faziam estremecer por dentro. Abraços que costumavam envolver como se falassem. Ou de canções cantadas por alguém que hoje não canta mais.


Todas essas lembranças nos fazem melhores. Mais humanos. Nos fazem entender a dor. A saudades. O amor. Desperta em nós a vontade de aproveitar o presente. De dar a devida importância ao passado.


Por isso, se eu puder dar um conselho que aprendi nesses meus poucos anos de vida seria: viva, sonhe, lembre! Há momentos que valem por uma vida mas há vidas que valem apenas por um momento. Saiba dar a devida importância a cada fase.


Não deixe para amanhã, semana que vem, quando for magra ou tiver dinheiro. Não deixe cair no esquecimento, arrependimento. Mostre sentimento. Faça acontecer. Deixe rolar. Pois, errar faz parte e viver é uma arte!








© 2015 by Bárbara Bracci

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